O Império Bizantino é o primeiro grande Império durante a Idade Média, que foi nada mais que o Império Romano do Oriente, ou seja, a continuação direta do antigo Império Romano mais com algumas diferenças como a língua grega como predominante em contraste com a língua latina do império Romano do Ocidente e caracterizado também por uma igreja cristã do Estado.
A distinção entre o Império Romano e o Império Bizantino é uma convenção moderna, não sendo possível atribuir uma data de separação, mas tem como um ponto importante a transferência da atual capital do império Romano do Oriente Nicomédia para Bizâncio, em 324, pelo imperador Constantino I. Bizâncio se tornou Constantinopla, que significa “Cidade de Constantino”, onde hoje é a cidade de Istambul.
O império Romano foi finalmente dividido em 395, após a morte do imperador Teodósio I, se tornando completamente separado do Ocidente, e sendo poupado das dificuldades enfrentadas pelo Ocidente até a sua queda em 476.
O primeiro imperador foi Arcádio, filho de Teodósio I, a governar o império Bizantino. Mas foi seu filho Teodósio II que fortaleceu as muralhas de Constantinopla, construindo o Muro de Teodósio entre os anos de 408 a 412 deixando a cidade imune à maioria dos ataques, não sendo violado até 1204.
Durante o império Bizantino que durou mais de 1000 anos houve várias dinastias, cada uma com seus apogeus e quedas. Mas durante a maior parte de sua existência, manteve-se como a mais poderosa força militar, econômica e cultural da Europa, apesar de contratempos e perdas territoriais, especialmente durante as guerras contra persas e árabes.
No campo religioso a igreja oficial do Império Bizantino foi a Igreja Ortodoxa que possui uma história comum com a igreja Católica romana até o século XI, quando em 1054 houve a ruptura entre Igreja Católica no Ocidente e Igreja Ortodoxa no Oriente que foi chamado de Cisma do Oriente. A deterioração das relações entre as duas igrejas contribuiu largamente para o episódio do saque de Constantinopla durante a quarta Cruzada em 1204, quando foi dissolvido e dividido em reinos latinos e gregos concorrentes, sendo restabelecido em 1261, No entanto sucessivas guerras civis no século XIV minaram ainda mais a força do já enfraquecido império, e mais dos territórios restantes foram perdidos nas Guerras bizantino-otomanas, que culminaram na Queda de Constantinopla e na conquista dos territórios remanescentes pelo Império Otomano no século XV.
Após a conquista de Constantinopla houve a migração de intelectuais bizantinos que levaram consigo conhecimentos que influenciaram o movimento cultural conhecido como Renascimento e o comércio de especiarias, anteriormente monopolizado por Veneza e Gênova, foram abalados, pois além de serem cobradas taxas altíssimas pelos produtos comercializados, ficou muito perigoso para cristãos navegarem para estes lados do Mediterrâneo. Isso foi um dos motivos que levaram os Estados nacionais começassem a procurar por novas rotas para adquirir as especiarias da Índia e da China. Foi depois da queda de Constantinopla que Portugal descobriu o caminho marítimo para a Índia, e a Espanha, com Cristóvão Colombo, chegou à América. Como consequência as repúblicas de Gênova e Veneza entraram em declínio à medida que os portugueses contornavam a África e chegavam à Índia e os espanhóis descobriam a América.
As diversas transformações econômicas e políticas que se seguiram à queda do Império Bizantino ou Império Romano do Oriente levaram os historiadores a convencionarem o ano de 1453 como o marco do fim da Idade Média e do fim do feudalismo na Europa, fazendo da queda do Império Bizantino um grande marco para as descobertas de novas terras, e para o desenvolvimento do capitalismo no mundo e para a entrada da humanidade na Idade Moderna.
Versão Light:
Menu Simplificado para Celular
Top 100:
Páginas mais acessadas nos últimos 30 dias.
By Sanderlei Silveira
© 2023 - Sanderlei Silveira. Todos os Direitos Reservados. | Política de Privacidade